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Quando essa invenção se enraíza e passa a ser tratada como uma "realidade", seja por quem a proferiu ou por quem a aceitou passivamente, ela não apenas distorce os fatos, mas é capaz de corroer a identidade, minar a confiança e aniquilar o diálogo autêntico, deixando profundas cicatrizes na saúde mental dos envolvidos.
Este artigo se propõe a desvendar a perigosa jornada que vai da mentira inicial à sua cristalização social. Com base em estudos e insights da psicologia, da psicanálise e da neurociência, exploraremos detalhadamente como esse processo afeta a identidade de quem mente e de quem convive com a inverdade, e como a capacidade de um diálogo genuíno é irremediavelmente comprometida. Ao final, buscaremos caminhos para a restauração da verdade e a cura das feridas psíquicas.
1. A Gênese da Mentira/Omissão: Do Pequeno Desvio à Semente da Inverdade
A mentira raramente surge como um monstro de sete cabeças. Muitas vezes, ela nasce de algo sutil, quase inofensivo à primeira vista.
Na psicologia, compreendemos que o ato de mentir ou omitir pode ter diversas motivações, frequentemente ligadas à autoproteção e à evitação de dor ou desconforto.